Para Whagtom Nunes do IBEE, especialista em Segurança Pública, é inevitável ‘abrir mão’ de uma certa privacidade para se ter segurança

Discutir sobre a Segurança Pública é de extrema importância para qualquer país, mas especialmente relevante se tratando do Brasil, visto que, este setor é um dos mais sensíveis e carentes em nossa sociedade

Discutir sobre a Segurança Pública é de extrema importância quando se discute o desenvolvimento de qualquer país, mas especialmente relevante se tratando do Brasil, visto que este setor é um dos mais sensíveis e carentes em nossa sociedade. Pensando nisso, o livro – Cenários Brasil 2045 propõe a discussão sobre os potenciais desafios e tendências do setor nos próximos anos.

O especialista em Segurança Pública e Vice-presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos (IBEE), Whagtom Nunes, discutiu alguns pontos centrais sobre essa temática em entrevista para a SocialPort. Sobre o conflito entre segurança e privacidade, Whagtom examina que é inevitável que se perca privacidade em troca de uma maior segurança.

“É inevitável que precisamos abrir mão de uma “relativa” privacidade em nome do “real” combate ao crime. As tecnologias de reconhecimento facial têm apresentado excelentes resultados na identificação e captura de criminosos. A dualidade de segurança x privacidade tem que ser colocada com muito esmero na balança do interesse coletivo da segurança pública”, ressalta o Vice-presidente do IBEE.

Sobre as medidas necessárias para enfrentar os novos desafios da segurança pública até 2045, Whagtom destaca que é fundamental haver uma maior cooperação entre os diferentes órgãos que compõem o sistema público de segurança, a fim de garantir mais êxito nas operações.

“Unificação das ações de inteligência entre os órgãos que compõem o sistema de segurança pública. Transferência de conhecimento e de informação, inteligência e tecnologia por intercâmbio. Recrutamento de Formação dos agentes em área específica de atuação, de acordo com a área do conhecimento científico/ exemplo bacharéis em tecnologia informática computação”, afirmou Whagtom.

Em relação ao crime organizado, que representa uma das principais ameaças à segurança pública no presente e para o futuro e apontado no livro Cenários Brasil 2045 como uma megatendência brasileira – o crime organizado em rede, Whagtom sugere uma maior rigidez na legislação, além de classificar grupos criminosos ao redor do país como terroristas.

“Mudança na legislação atual, classificação especifica ao crime relacionado a organização criminosa, classificando como terrorismo e atentado ao estado. Investindo em inteligência e fortalecendo o sistema financeiro para o rastreio e confisco de patrimônio e movimentação financeira”, afirmou Whagtom.

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