
Brasil visto do espaço à noite iluminado por luzes artificiais. Foto: Reprodução
O Coordenador de Inovação e Engajamento no Mercado da ANEEL, Márcio Venício, comentou sobre a sua participação no projeto Brasil 2045 e opinou sobre alguns tópicos relacionados ao setor energético brasileiro e seu futuro. O representante da ANEEL destacou os desafios enfrentados na realização do projeto, mas revelou estar satisfeito com o resultado final, “eu acredito que com isso a gente consegue entregar para a sociedade brasileira um texto que fala do Brasil, que diga o que o Brasil deve seguir e onde ele pensa em chegar”, afirmou Márcio.
Sobre o papel de destaque que o Brasil pode vir a ter numa transição energética em escala mundial, o eletricista ressalta que esta transição deve ser feita de maneira democrática e acessível. Segundo ele, o Brasil tem um enorme potencial em assumir essa posição, em vista de seu clima favorável e à abundãncia de recursos naturais.
Para o engenheiro eletricista, a digitalização será de extrema importância para o país desempenhar esse papel de relevância no setor energético mundial. A digitalização no campo do setor energético diz respeito a integração de tecnologias digitais para otimizar, coordenar e tornar mais eficiente o uso das diferentes fontes de energia.
Um dos principais desafios em torno das energias renováveis mais comuns e populares, como a solar e a eólica, é sua dependência de fatores naturais intermitentes como o sol e o vento. No entanto, Márcio vê na complementaridade das fontes e no avanço das tecnologias de armazenamento as soluções para esse problema.
A complementaridade é a ideia de que, na ausência de sol para alimentar a energia solar, o vento pode suprir essa lacuna por meio da energia eólica — e vice-versa. Ou seja, uma fonte cobre a outra, garantindo maior estabilidade na produção. Já as tecnologias de armazenamento, cada vez mais acessíveis e avançadas, permitem reter a energia gerada em momentos de pico para ser utilizada posteriormente, aumentando a segurança do sistema.
Entre todas as fontes renováveis nenhuma parece ser mais promissora e desejada que a fusão nuclear, classificada pelo doutor Márcio Venício como o “graal” das energias. a fusão nuclear é um processo que não polui o meio ambiente à medida que produz uma quantidade de energia quase infinita, o engenheiro classifica esta matriz energética como uma semente de futuro disruptiva com capacidade de alterar a geopolítica mundial, “se você tem uma fonte de energia que não emite radiação e que é inesgotável você não vai mais precisar do petróleo, consequentemente eliminando todas as guerras”, afirma Márcio.
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