A Economia Azul e a sua importância para um futuro brasileiro próspero

A atividade que mais contribui para a Economia Azul é a extração de petróleo, responsável por cerca de 60% do total.

A especialista em Economia Azul Jéssica Germano apontou que o Brasil assume uma posição de destaque nesse setor em função do processo de transição energética global.

O Brasil exerce controle sobre uma área oceânica de aproximadamente 5,7 milhões de km², o que equivale a mais da metade do território terrestre do país. Por isso, as atividades econômicas derivadas dos recursos marinhos têm grande relevância para a economia nacional.

Essas atividades compõem a chamada “Economia Azul”, um setor que atualmente representa mais de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, considerando os efeitos indiretos e todos os segmentos impactados por essa indústria, segundo dados levantados pela Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com um estudo conduzido pelo professor Eduardo Haddad, da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA-USP), a atividade que mais contribui para a Economia Azul é a extração de petróleo, responsável por cerca de 60% do total. Em seguida, destacam-se os setores de defesa e transporte marítimo, com 7% cada, além do turismo e da pesca.

A especialista em Economia Azul Jéssica Germano apontou que o Brasil assume uma posição de destaque nesse setor em função do processo de transição energética global. “O Brasil tende a se destacar nesse tipo de mercado sustentável, tanto por sua configuração geográfica, disponibilidade de espaços marítimos (particularmente livres de litígios ou defrontantes com outros países), como por sua matriz energética majoritariamente limpa, tendo capacidade de atrair investimentos estrangeiros relevantes para o desenvolvimento de tecnologias e capacidades autóctones”, afirmou a pesquisadora.

Para uma maior evolução nesse setor, a pesquisadora destaca que o futuro da Economia Azul depende do Planejamento Espacial Marinho (PEM). Apenas com sua conclusão integral poderão ser realizados investimentos mais amplos e diversificados. “Acredito que, com a conclusão do PEM em sua integralidade, haverá maior previsibilidade para as atividades econômicas desenvolvidas no mar, atraindo assim investimentos e identificando novos nichos e oportunidades para as pessoas e empresas”, afirmou.

Para a doutora, seria importante elevar o PEM a status de política de Estado, delimitando um zoneamento de uso para as atividades marítimas (extração de óleo e gás, pesca, turismo, energia eólica) que valesse em todo o território nacional, a fim de garantir o respeito de todos os setores, além de previsibilidade e segurança jurídica. A professora também pontuou a necessidade de um trabalho conjunto entre as agências de fiscalização brasileiras e os órgãos de defesa, com o objetivo de resguardar a soberania nacional e coibir práticas ilegais.

Além do PEM, a professora vê na quantificação o maior aliado para o crescimento exponencial desse campo econômico. Ou seja, devem ser desenvolvidas metodologias capazes de medir o impacto econômico das atividades produzidas pela Economia Azul, sejam eles diretos ou indiretos. “Compreende-se que existe a necessidade de o país adotar uma metodologia de cálculo que englobe não apenas o ‘PIB do Mar’ (atividades diretas ocorridas na água), mas também uma espécie de ‘Economia gerada pelo mar’ (que envolva cadeias de suprimentos e serviços em terra, como reparos navais e fornecimento a plataformas). A correta quantificação é o passo inicial para políticas públicas direcionadas e eficientes”, concluiu.

Por fim, a cientista avalia a necessidade de equilibrar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade, é fundamental empresas, sociedade civil, governo e organizações atuarem em conjunto para educar a população sobre a importância da preservação ambiental e investimento em pesquisas científicas. “as pessoas precisam identificar um benefício prático e direto para tomarem ações que garantam a preservação ambiental dos ecossistemas marinhos”, “existe também a necessidade de alocar recursos para a pesquisa científica que avalie o valor dos serviços ecossistêmicos marinhos (o valor econômico que a natureza fornece, como proteção costeira, estoque pesqueiro, etc.). Essa valoração auxilia na tomada de decisão e justifica o investimento em conservação”, afirmou.

Destaca-se que o tema “Economia azul” foi abordado no capítulo 28 do livro Brasil 2045, sob o título de “Economia do Mar no Brasil”. O estudo recebeu o apoio da SocialPort, tanto para a confecção e impressão do seu Sumário Executivo, quanto no na realização e análise dos levantamentos realizados, que descritos no capítulo 8 “O método e seus resultados parciais” do mesmo livro. Para tanto, foi utilizado a SocialPort Enterprise – plataforma tecnológica que otimiza o uso de ferramentas do foresight em processos de scenario planning e tomadas de decisão estratégica.

Se você ainda não conhece os cenários para o Brasil em 2045 e os temas estratégico abordados para sua construção, consulte o livro no link a seguir.

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